terça-feira, 19 de maio de 2015

Tchu Tchu no Parque


Tchu Tchu

no Parque

Imagem de Tchu Tchu (Arthur Zimerer) por Renato Cabrini,
nas comemorações do Dia do Trabalhador, no Parque Moscoso

Lembranças das comemorações do 1° de Maio no Parque Moscoso...

Em meio à avassaladora ditadura da modernidade, ainda conseguimos criar momentos de vivência em família, abstraindo-nos do caos de uma sociedade que nos transforma em "bichos da noite" cansados, estressados e angustiados.

Tchu Tchu no Parque foi um bom momento dentro de um outro bom momento... Ali, pudemos relembrar nossa infância e sua pureza... tudo que realizamos e por que passamos...

Tchu Tchu no Parque nos fez sonhar em tudo mais que ainda pretendemos conquistar, mas nos fez pensar também no que estaremos deixando como legado para nossos filhos e os filhos dos outros...

Tchu Tchu foi punk! Tocou e cantou músicas da banda Legião Urbana, da qual é fã, "mandando bem" para o público infantil presente. Fez guitarra e voz porque seu tio Alex, baterista nas horas vagas, furou com ele, o que em nada atrapalhou...

Tchu Tchu participou de um evento por uma sociedade melhor. Um evento de organização coletiva, que toma como pretexto o Dia do Trabalhador, mas tem haver com muito mais...

Alguns foram até ali para ver uma banda tocar, mas contemplaram, na verdade, um feito revolucionário, pois organização é revolução.

Dentre olhares ao passado, presente e futuro, copiamos e colamos o texto abaixo, um verdadeiro desabafo, de um dos realizadores daquele 1° de Maio no Parque Moscoso, onde tivemos o Tchu Tchu (Arthur Zimerer) no palco, juntamente com outros artistas e ativistas por uma sociedade melhor...

Segue o texto, sem reprimendas, para reflexão...



"Um breve relato do 1 a 3 de maio de 2015 atividades Anarco punk.

Ufa foram dias cansativos mais foram bons dias! foi um bom cassacos! esta atividade de 1 de maio começou a sair do campo das ideias para o campo pratico em fevereiro de 2015, foram vários ofícios em caminhados e várias idas e vindas pela grande vitória para mobilizar uma par de gente e articulação para que tudo desse certo, foram dezenas de e-mail e reuniões, enfrentamos o conformismo para definirmos de forma horizontal e coletiva o que fazer no 1. 2. 3 de maio. Tudo foi possível pela contribuição de brav@s companheiros e companheiras que doaram um pouquinho de si pela causa libertaria nesta atividade e por quem se comprometeu com mais empenho e disponibilidade também foi importantíssimo. O pessoal da oficina base Mafalda, bob punk do subúrbio Fernanda, Mali, fas, Ildo, Jaques Douglas, Netinho, Bernard almeida de canhoneiro de Itapemirim, Cintia Braga, Nelson Baby, palinha, Zé Renato, ling. Andreza, bronha, Gilson, Mila, Sandra Mara, Daniel Delfin, marta das posses, Henrique Viana, etc. mesmo sem verba sem dinheiro não nos curvamos diante das dificuldades e não esperamos que minguem fizessem por nós, Isto é ser punk anarquista e libertário desacomodados.
Todas as pessoas que vieram de são Paulo e BH, RJ, tiveram local para dormi e alimentação e com certeza foram bem tratados em terras capixabas e com certeza faram o mesmo com a gente em breve.
Foi muito Boa a recepção do público no p Moscoso com as bandas RHC revolta popular,100 verba, banda de congo, também muito importante os poetas de plantão e a força cega o debate tão denso e profundo sobre a terceirização feita pela professora da federal do rio de janeiro a doutora SOCIAIS joana Darc que também distribuiu vários exemplares de jornal que tratava do tema ,as falas que Bernard fez sobre o sentido do 1 de maio na visão anarquista, muito boa e importante para esclarecimento e o conhecimento sobre nosso movimento político anti partidos.
As barracas de venda e troca de materiais libertários Anarco punk e produção de pessoas que fazem artesanatos indígenas livros, zines cds vinil, sabão sementes e essências etc. tiveram um destaque e uma importância muito significativas uma oportunidade de mostra o que temos a oferecer para além do discursos.
O parque estava demais, com faixas e cartazes pessoas troca de ideias diversidade, e muita gente presente crianças e adultos tudo deu certo! Com certeza este primeiro de maio foi uns dos melhores que já foi realizado no es pelo movimento Anarco punk anarquistas libertários parabéns irmão e irmãs da resistência força e vamos adiante.
No sábado a galera foi curti o mar revoltoso de Itaparica e deram uma volta no transcol e mandamos ver a noite no HC punk rock capoeira e outras mais durou até as 2 da manhã MAKULELE ANARCO PUNK onde Gilson dono do bar liberou para galera 30 salgados e cervejas e uma garrafa de gengibre uma ging que o oriente nuca vai esquecer, presença muito legal da família do velho punk que nos deixou a tempos MACHADO que estava representado pela sua companheira e dois filhos que já são rapazes e valoriza o movimento punk.
No domingo fomos de vam para santa cruz passando via litoral serrano, chegando na oficina base fomos recebidos pela Fernanda Mali e Mafalda onde estavam preparando várias delicias para o almoço, na sequência fomos darmos um role no boteco e ao redores da praia, visitamos e almoçamos na aldeia guarani onde fomos recebidos pelo cacique que expos um pouco de questões em que vive os guaranis atualmente, que apesar das lutas ainda a sérios problemas sociais a resolver.
Em fim chegamos de cacique e de carro, tomamos banho NO RIO PIRAQUEA SUL, cantamos congo capoeira assamos peixes comemos vários tipos de comida feita pela galera da oficina base, estes sim são memorias que ficaram na mente até envelhecermos.
Encaminhamentos pós atividades:
Gravação do disco em parcerias com as bandas revolta popular, RHC,100 verba ATACKEPILEPTCO, cotovelo de cobra.
Criação de um zine entre o sudeste com temáticas Anarco punk afro indígenas
Preparação para um encontro do MAP
Intercambio SP, ES, EM BH.
BEM PESOOAL ESTE É UM POUCO DE NOSSA VIVENCIA NESTES DIAS DE ATITUDE VIVENCIA E AMIZADE ABRAÇOS ATODAS ESPERO REVER TODAS EM BREVE ABRAÇOS ANARCOPUNK LINGUILÇA."



Dá-lhe punk!
Dá-lhe Tchu Tchu!





Foto: Renato Cabrini

Tchu Tchu (Arthur Zimerer) sendo recebido no palco por Jacques Douglas (Jack Zoopatia), guitarrista fundador da banda Zoopatia (Foto: Renato Cabrini)

Tchu Tchu (Arthur Zimerer) com a guitarra mágica
do punk rock (Foto: Renato Cabrini)

Foto: Renato Cabrini

Foto: Renato Cabrini


Até as próximas Palhetadas do Rock!





quarta-feira, 6 de maio de 2015

Dia do Trabalhador Punk

Dia do Trabalhador Punk

Apresentação da banda de Conco Mestre Tagibe

O Movimento Anarcopunk do Espírito Santo (MAP-ES) realizou, pelo oitavo ano consecutivo, os manifestos do Dia do Trabalhador, na Concha Acústica do Parque Moscoso, das 9 às 20 horas, em Vitória.

Desta vez, os protestos se estenderam também para o dia 2, ampliando a reflexão e troca de ideias com muito som afropunk, no Bar do Gilson, em Cariacica, e depois, dia 3, na vila de pescadores de Santa Cruz, Aracruz/ES, interagindo com a cultura indígena e com a comunidade local.

Os protestos buscaram "a diversidade cultural com reflexão". Participaram das ações o MAP-SP representado pelos integrantes das bandas 100 Verba e Revolta Popular, e o MAP-BH, representado por Ameba, vocalista da banda Ataque Epilético.


O evento foi realizado com apoios individuais e das ongs FAS/ES e Oficina Base. Os grupos afropunk de São Paulo e Ameba, representante do MAP-BH, vieram a suas próprias expensas e hospedaram-se na casa de companheiros que abriram suas portas. Além disso, vários anarcopunks contribuíram com quotas de participação.

Assunto corrente nos debates e conversas, a diversidade cultural foi entendida como uma importante forma de resistência dos seguimentos violentados, como negros, indígenas, mulheres, homossexuais e minorias sociais.

Participaram do encontro no Parque Moscoso os integrantes da banda de Congo Mestre Tagibe, de Cariacica; os Oficineiros de Aracruz/ES, com artefatos da cultura indígena das tribos do Piraqueaçu; os anarquistas de Cachoeiro de Itapemirim/ES, representados pelo companheiro anarquista Bernard Almeida; a banda RHC; a banda Força Cega, com seu trabalho experimental; o MAP-SP com as bandas 100 Verba e Revolta Popular; o MAP-BH com Ameba.


Banda 100 Verba MAP-SP na
Concha Acústica, no dia 1º de maio


Banda RHC MAP-ES, no Bar do Gilson,
em Cariacica/ES, no dia 2 de maio


O evento recebeu também a professora Joana D'Arc Fernandes Ferraz da Universidade Federal Fluminense-UFF, que conversou com o público sobre o processo capitalista da terceirização de trabalhadores.


A professora é titular do Universidade Federal Fluminense e deslocou-se ao ES especialmente para participar das manifestações do Dia do Trabelhador no Parque Moscoso

Foi oferecido um almoço comunitário aos artistas e demais pessoas que quisessem se alimentar. Houve atendimento médico no local, com ambulância e profissionais de saúde para a aferição da pressão arterial e realização de testes de glicemia e AIDS.

Este encontro foi muito importante para o MAP pois foram firmadas várias ações futuras: a criação de um zine BH/SP/ES, a gravação de um disco das bandas Ataque Epilético-BH, 100 Verba-SP, Revolta Popular-SP, RHC-ES e Cotovelo de Cobra-SP, e a realização de um encontro regional anarcopunk em Santa Cruz, Aracruz/ES.


Protesto e ação social com reflexão: minorias representadas e autônomas com resistência através de sua expressão cultural

As manifestações e trocas de ideias só aconteceram graças aos esforços individuais e de grupos que se dedicaram em tempo e discernimento, tudo sendo foi feito em razão de uma sociedade livre dos abusos do Estado e da discriminação e preconceito.

Quem foi ao Parque Moscoso e ao Bar do Gilson para assistir a shows de bandas punk, teve contato com muito mais... deparou-se com um movimento social em plena atividade, que sabe criticar, debater e posicionar-se como corpo numa estrutura social falida e insustentável.


Banda Revolta Popular MAP-SP,
no Bar do Gilson, dia 2 de maio

Contribuíram com o evento a Ong FAS/ES, Oficina Base, PMC, e diversas pessoas que, de forma individual ocuparam espaço e souberam agir coletivamente.

Com muita ação punk... até as próximas Palhetadas do Rock!


Companheiro Ameba, de BH, em sua participação
nos protestos do 1º de Maio









Força Cega e seu trabalho experimental