quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Grupo de teatro T'Astral


Grupo de teatro Motim encerra oficina no Oriente

Jovens cariaciquenses que podem ir além de seu sonho


Atenção artistas e amantes de todas as artes...

O grupo de teatro Motim encerra mais uma temporada de formação e capacitação de jovens atores em Cariacica.

Mais uma vez os incentivos da Lei João Bananeira são traduzidos em ações positivas com frutos culturais que muito vão nos orgulhar.

Cena da esquete Metamorfose, que trata de comportamento e aceitação social, encenada pelo grupo

A todos que queiram saber, os capixabas são reconhecidos no meio artístico nacional, onde quer que sejam apresentados, por seu talento, mas, principalmente, pela forma de lidar com as pessoas. Somos comunicativos, extrovertidos e bem formados...

Por isso tantos capixabas no meio artístico...

E também por isso Nelson Ricardo Amaro, ator, autor e diretor de teatro, não desiste de apostar nessas promessas.

Paulista de nascimento, mas há 24 anos no Espírito Santo, foi apresentado às artes cênicas por Wilson Coelho, hoje grande amigo e parceiro, e por Paulo Henrique de Oliveira, o "Linguiça", com o qual apresentou o marcante trabalho "O Criminoso", texto que discute a liberdade e a anarquia como filosofias de vida.

Paulo Henrique de Oliveira e Nelson Ricardo Amaro: parceiros desde a formação do Grupo Motim de teatro, no bairro Oriente, em Cariacica

Atualmente Nelson Ricardo desenvolve essa oficina lastreada pelos incentivos da Lei João Bananeira, formando e capacitando jovens para o teatro. A oficina funciona semanalmente no bairro Oriente em espaço cedido pela igreja evangélica.

Um dos objetivos da iniciativa é formar grupos e pessoas que possam dar continuidade ao trabalho, que entendam de produção e que trilhem seu caminho como um grupo de teatro de rua.

"Minha ideia é propor esse projeto junto à lei de incentivo cultural para que eles tenham um figurino melhor, uma parte técnica melhor e até um cachê", afirma Nelson.












A oficina começou em setembro de 2012 e deve ser encerrada no começo de março.

No final do ano passado o grupo apresentou um Alto de Natal para a comunidade e agora estão nos ensaios finais para a apresentação de três esquetes (Saúde mental, uma coisa legal; O decreto de Lampião; e, Metamorfose), que deverão ser apresentados na escola pública Joaquim José Quitiba, em Nova Brasília.

Abaixo, cena do esquete Metamorfose.



Seja convidado pelos próprios artistas:




Desse grupo, Nelson já indicou o jovem Adonel para trabalhar com Luiz Coelho na peça "A vida é sonho" e pretende levar pelo menos mais quatro jovens consigo: "Nossa missão é propagar, fomentar, instigar para conhecer, fazer e produzir teatro", afirma.

Parabéns aos ativistas da cultura que mesmo transportando cenário e figurinos num carrinho de mão pelas ruas apertadas de Cariacica, não desistem de seu ideal de fazer parte de uma humanidade melhor.

No currículo, as peças O Criminoso, com o grupo de teatro Motim, e Vitor ou Vitrola, com Hudson Braga e João Vitta

Do seu editor do underground...

TUDO PELO ROCK!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Poço dos Porcos - por Thiago Carminati

O poço dos porcos

um micro conto de Thiago Carminati
Ilustração de Ricardo Campos, projeto Fora de Hora (https://www.facebook.com/projetoforadehora)




No quintal da casa brincávamos na grama, na areia, na terra, com bonecos de plástico, carrinhos, um mundo em miniaturas. Lá as mães diziam para tomar cuidado com o poço. Embora tapado com folhas de zinco e pedaços de madeira, o poço me convidava nas tardes em que a criançada ia embora. Colocava o ouvido nas frestas para escutar os barulhos vindos do escuro. Uma vez, apareceu por entre as folhas da figueira um velho trajado de branco com um olho de vidro me perguntando: “o quê tá fazendo aí menino?”; “Quero descobrir que barulhos são esses”, e o velho me contou que eram os porcos. Disse serem dois, um macho e uma fêmea, que para sobreviver no fundo do poço procriavam com o único intuito de devorar seus descendentes. Os anos se foram, levando o poço, casas e quintais, deixando avenidas e prédios no lugar. Só muito mais tarde pude então entender que aquele poço era eu e que aqueles porcos me habitavam.

A Artificialização do Homem

A Artificialização do Homem: a arte contemporânea de
Henrique Viana


Interesse no inconsciente e arte voltada para a realidade: Dilma foge de Netuno, deus dos mares, cansado de tanta poluição...


De volta das férias, de volta ao rock...

Estamos de volta depois de muita cerveja, rock e luta social de verão...

Agora as palhetadas do rock vão lhes apresentar o artista underground da hora: Henrique Viana.

Henrique Viana faz uma arte engajada.

Politica e filosoficamente expressa em seus desenhos a artificialização do homem representado em sua visão por um humanoide privado da realidade, que não enxerga, não ouve, nem respira por si mesmo.


"O Humanoide", de Henrique Viana: desenho feito na mesa de um bar, no Oriente, a pedido deste editor do rock

Seus desenhos são marcados pelo simbolismo, com figuras como serpentes, astros celestes, imagens folclóricas como a do boitatá, sereias e referências mitológicas greco romanas.

Desenho que ilustra a luta antipetróleo

Para ele, a técnica não importa, mas o conceito.

Henrique acredita na poesia como a mãe de todas as artes, por isso a utiliza, com desenhos, para tocar o mundo simbólico do expectador e influenciá-lo na reflexão do mundo real, do qual estaríamos separados pela artificialidade que o homem criou.


Henrique Viana mora em Vitória e faz parte dos movimentos sociais Caravana Punk ES e do Fórum Antipetróleo. Sua arte sempre está presente nesses movimentos em faixas, cartazes e manifestos.

Henrique Viana diz, ao som de Zé Geraldo, que o mundo é ruim porque é feito pela maioria

Nesse momento, Henrique Viana prepara desenhos para a publicação do livro Cariacica Underground, que vai contar um pouco da história da juventude cariaciquense nas décadas de 80 e 90, juntamente com Paulo Henrique Linguiça, que vai ceder imagens de seu acervo pessoal, e o jornalista profissional Jacques Douglas Mota.

Cartaz feito a pedido da Internacional Anarco Punk - IAP, para as manifestações estudantis em 2013

Sorte aos destemidos!

Do seu editor do underground...

TUDO PELO ROCK!