domingo, 18 de maio de 2014

Rock na Rua Sete

Rock na
Rua Sete

Público aguarda apresentação da banda Espírito de Porco, na Rua Sete, enquanto assiste a exibição de filme hard core

Oh yeah, fucking rockers... curtam o texo ao som de Die Young, do Black Sabbath, com Ronnie James Dio e Tommy Iommi, com solo de exatos 3 minutos... Pérola do rock and roll.


Esta semana atravessamos a Baía de Vitória a nado só pra irmos à Rua Sete, no Centro da Capital, onde tantos cariaciquenses vão para sentir as energias nostálgicas do samba, do rock e do cinema...

Nesta última sexta-feira houve exibição de filme com trilha sonora hard core e apresentação da banda do Serjão Nascimento, também vocalista do Lordose, fazendo um cover dos Titãs, a banda Espírito de Porco.

Zé Renato, cariaciquense e nosso chapa das antigas, deu uma canja e soprou seu conhecido trompete rocker.

Banda Espírito de Porco com Zé Renato:
cover do Titãs, segundo alguns, melhor que Titãs...

Guilherme do Grupo Moxuara estava lá, muito bem acompanhado. Outros artistas como Carlos Papel, Gabi Lima, Paulo Henrique Linguiça, Jack Zoopatia, Márcio Vaccari, José Luiz Gobbi, Oswaldo do túnel do rock tempo, Lúcio, da banda Camisa de Força, dentre tantos outros artistas, também contribuíram com sua presença.


Público aprecia a banda cover do Titãs:
Lúcio e Vaccari prestigiam os colegas de rock

Descobrimos que José Luiz Gobbi não foi o apresentador do 1º Festival de Música Capixaba - FEMIC, realizado no final da década de 80, onde a banda Zoopatia, de Cariacica, foi consagrada como banda revelação.

Diz a lenda que o Gobbi subia ao palco e prenunciava "...desgraça acontece em todo lugar... com vocês, a banda Zoopatia...".


Eu não seria tão deselegante, diz Gobbi

Encontramos também o pessoal do Instituto Lunar Maria, que luta contra a supermáquina da degradação ambiental, a exploração desenfreada do petróleo e dos minerais brutos do subsolo brasileiro.

Eles estão em Regência tentando salvar o ecossistema local, ou pelo menos amenizar a destruição. Mesmo assim seu papel vai além de promover essa luta desigual em defesa da natureza e do homem.


Jovens do Lunar Maria ainda têm "a força": acampados em Regência, lutam pela qualidade de vida de todos nós

Eles são testemunhas da história, testemunhas com o discernimento social e cultural necessários, transformando-se em fontes de conhecimento da luta do homem moderno.

Parabéns a esses punks, porque só sendo punk pra lutar tanto...

Mas, na Rua Sete, pessoas com várias idumentárias desfilam sua própria moda e parecem ignorar os problemas da vida quotidiana.


Não basta participar, tem que aparecer...

É pra isso que serve a cultura, para buscarmos o alívio da selvageria que o dia a dia do consumismo nos impinge.

Através da expressão artística nos reconhecemos como seres racionais, capazes de amar e sermos amados. Ainda dizia o jovem Friedrich Nietzsche, abre aspas, temos a arte para não morrer da verdade, fecha aspas.


Vamos criar e recriar, assim, sobreviveremos ao caos urbano

Dessa forma podemos sonhar com um mundo melhor, pelo menos naquele furtivo momento, como na cena do filme The Matrix - Revolutions, em que Neo com sua nave ultrapassa a fuligem que encobre o crepúsculo, o qual, por um instante, consegue fitar...


Céu "riscado" pelo homem que sucumbiu a si próprio

Então, ouçam o som da banda Espírito de Porco...



Palhetadas do Rock neles...

TUDO PELO ROCK!












segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dia das mães, aniversário do rock

Dia das mães, aniversário
do rock


Parte do equipo de Paulo Henrique, o Linguiça

Domingão, Dia das Mães.

Almoço em família, irmãos, tios e primos. Foi um domingo e tanto. 

Certamente não faltou cerveja nem aquele galeto de última hora, adquirido depois de enfrentar uma enorme fila, pra não chegar de mãos vazias.

E aquela ”lembrancinha” especial comprada no fervor do comércio da Expedito Garcia ou lá no Shopping Moxuara, no sábado, é claro.

Mas o final de semana não foi só das mães, foi do rock também. 

Comemoramos não um, nem dois, mas três aniversários do rock.

Teve guitarrista, produtor cultural e vocalista de banda fazendo churrasco, dando almoço e jantar pros amigos do rock and roll.

Nós estivemos em todos. Só não ofereceram café da manhã, ainda... Mas pro ano que vem, quem sabe... 

Bebemos, comemos e comemoramos a Cariacica underground que existe e pulula histórias e ainda efervesce a cultura local.

Léo Aranha, ao lado de Seco e esposa, com vinil na mão num cenário punk: destruição e caos do capitalismo

Elegemos o professor Léo Aranha como o melhor DJ do dia e da noite. Léo é punk antigo, pesquisador da cultura urbana dos anos 80 e 90.

Hoje é baterista das bandas Harmonia Turbulenta, Morto Pela Escola e professor de Artes na rede pública em Cariacica.

Parte de sua atuação underground foi em Big Field, junto a movimentos de rua com Edmo Candotti e Alex Siqueira, da banda punk Guerrilha, nas décadas de 80 e 90.

Continuando o grid dos melhores do dia e da noite, a torta de frango mais gostosa estava lá no centro cultural Bar do Pantera, no aniversário de Alessandro Nicacio, que foi um dos incentivadores da cena rocker nos anos 2000, com as edições do Rock Garage.

Alessandro e amigos no Bar do Pantera
Alex Siqueira, Stelinha,
Pantera, Pavan e Alessandro 

Presente, Alex Siqueira afirmou que a cena que possibilitou o boom do blues que vemos hoje no Espírito Santo estava em Big Field e se deu a partir das edições do Rock Garage, já no final dos anos 2000.

Alex faz parte do Cineclube Colorado e foi integrante da banda Guerrilha em Cariacica, na década de 80. 

Seguindo as comemorações, Paulo Henrique, o Linguiça, recebeu seus convidados lá no Oriente para um almoço onde serviu prato tipicamente brasileiro, “joelho de boi”, muito bem cozido em fogão à lenha... 

Punks not dead
Punks e cerveja! Estava muito bom...

Já à noite, partimos para a casa de Paulo Moscon, no Parque Infantil. Paulo foi guitarrista da banda Zoopatia e fez a gravação do único álbum desse lendário grupo punk.

Zamprogno, Moscon, Borracha e Nilsinho Batera: história do underground cariaciquense. O Zamprogno foi quem fez, em 1992, a arte para o 1º e 2º Fest Rock, maior evento de rock realizado em Cariacica, onde se apresentaram o Zoopatia, Dead Fish, Maurethânea, RHC, Lordose Pra Leão, Ferida Exposta, dentre outras bandas. Nessa época o Bronha nem tinha nascido... hehehe 

Em sua casa, fomos recebidos por sua família para um encontro muito reservado, mas que foi invadido pelos punks do Oriente, que chegaram mais tarde.

Banda Maurethânia e Jack Zoopatia: início de um novo projeto underground, aguardem... 

No jantar do Paulo foi onde encontramos a chef de cuisine mais linda do dia, que nos serviu churrasco e caldo de peixe...

Ano que vem vai ter café da manhã...

Mas não só comemos e bebemos.

Desse encontro formamos uma nova banda de rock, um grupo de estudos filosóficos e ganhamos fôlego para continuar nossa epopeia cultural.

Moscon, Jack Zoopatia, Léo Aranha e Dezan 



A Cariacica underground não para, nem nunca vai parar.



Do seu editor punk... estaremos sempre no rock...






sexta-feira, 9 de maio de 2014

Cariacica promoveu mais um 1º de Maio no Parque Moscoso

Cariacica promoveu mais um 1º de Maio no Parque Moscoso

A arte de Henrique Viana esteve mais uma vez presente: punk nervoso, com razão, sem razão 



Os incrédulos, às favas...

Já são onze anos de ação/reflexão política e muita difusão cultural...

Até o Congo de máscaras de Cariacica já esteve presente no evento, em 2013, juntamente com nosso saudoso trovador Moacyr Malacarne, que dá nome ao grêmio estudantil do Ifes de Cariacica.

Alguns cariaciquenses ilustres não compareceram por motivos que só a cachaça vai explicar, como Ernesto, o Netinho, Mestre em Filosofia e morador do Oriente, e o nosso amigo Bronha (esse estava trabalhando!).

Temos que esclarecer que este evento nunca teve nenhuma ligação com partidos políticos ou sindicatos. Sempre foi organizado com a intenção de praticar a autogestão, comprovando a eficácia de formas de organização social sem personificação ou centralização, e sem poder.

Foram punks, poetas, estudantes, artistas, escritores, militantes políticos, roqueiros, famílias, crianças... tinha até boi no rolete...

Como em todo ano, o evento reuniu representantes de várias visões de mundo e possibilitou a reflexão de novas formas e dinâmicas de ação social ao doce saborear da cerveja artesanal Plezuro, que sempre participa do 1º de Maio com suas pequenas amostras, trazendo a experiência e o exercício do livre conhecimento. 

Plezuro e panfletos, o sonho de um mundo punk: conhecimento livre, socialização dos bens culturais, libertação material e psicológica

Estavam na organização do evento Paulo Henrique Linguiça, desde a primeira edição, e Renê Malacarne, punks velhos, da década de 80.

O pessoal do Movimento Passe Livre (MPL) e a Feira de Trocas também participaram, como em todos os anos.

O público: pra lá e pra cá

O Léo Aranha, baterista das bandas Harmonia Turbulenta e Morto Pela Escola, e o DZK, da Atentado ao Pudorvieram de Vila Velha e deram um “alô”. O Fabão Od, da Ferida Exposta, também foi. 

Estavam todos lá, os roqueiros e os punks. Deu tudo certo!

A Caravana Punk ES continua, pelo menos na organização dos encontros libertários

Desfrutamos de uma ótima tarde no Parque Moscoso e já estamos formando o coletivo para o próximo ano. As portas estão abertas aos fuck rockers que quiserem desfrutar de uma bela experiência de autogestão.

Um grande abraço libertário!

Do seu editor do rock, Palhetadas neles...